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Saturday, January 31, 2004

1 milhão de barris, 6 milhões de barris, 3.4 milhões de barris..... 

....tudo somado, noves fora.....bem, é fazer as contas!
Via JCD (leiam o post, é fabuloso) obtenho o link para a lista dos beneficiários dos vouchers de petróleo do Tio Saddam, esse benfeitor, que os sátrapas dos americanos apanharam, e que mantêm prisioneiro de forma desumana. Confesso que a leitura da lista foi acompanhada de uma sonora gargalhada, logo para começar. Depois, num esforço hercúleo, tentei somar todos os milhões de barris que o Tio Saddam foi distribuindo aqui e ali, sempre naquele espírito de mão amiga estendida ao necessitado, mas, enfim, na melhor tradição da álgebra guterrista, enfim, estava eu a dizer, bem, pois, perdi-me - afinal são muitos milhões de barris. Finalmente, e apenas para oferecer um momento lúdico aos nossos leitores, pensei fazer copy / paste da lista, mas, seria demasiado longa.
Fica o convite, e o desafio matemático: afinal, quantos milhões de barris desbundou o Tio Saddam? Caramelos de Badajoz para os 3 primeiros a certar com a conta.

Jerusalém. 

Esta imagem não é por acaso. São as caras do terror:


Jüdische Museum, Berlin, Julho de 2002


Ainda aquilo de há bocado... 

... eu vou ver se vos (TMM e GPT) telefono, pode ser? Hoje talvez seja complicado porque vou ao futebol, e saio de lá sempre muito cansado. Mas tentarei. Se o Sporting não ganhar (o que não seria nada que eu não esperasse), talvez só vos ligue amanhã. Veremos. O futuro a Deus pertence.
Em relação ao resto, declaro: Not Guilty! Um abraço aos dois.

Friday, January 30, 2004

Posts anteriores de F.M.A. 

-Os posts de FMA são uma verdadeira calúnia, um vil ultraje, uma conspurcada indecência, como bem escreveu GPT, lamentáveis. Os posts, não, o último, mesmo. Aquele intitulado "Nada que não se esperasse.(II)", em que FMA transcreve um post de outro blog, por sua vez transcrito de um mail recebido pelo autor do dito blog. (blá, blá, blá, blá, pois, pois, pois, etc,etc,etc, tá bem, tá bem, tá bem)...... - assim deverão rezar os textos imediatamente abaixo das parangonas dos próximos matutinos.

Com a mesmíssima qualidade dos mesmíssimos jornalistas que tanto criticam, os meus companheiros do Blog-sem-Nome, TMM e GPT, não se dão ao trabalho de ler o título do meu Post, muito menos o analisar ou interpretar. Não. Lêem o post, realizam que não gostam, não lhes convém, é contra algo de que eles gostam, _______________ (substituir por palavras da conveniência), e imediatamente pegaram na aljava, disparando setas molhadas em veneno. Acontece, que tal como aos jornalistas, se recomenda cautela e frieza, depois de analisados os dados de que dispõem. E de que dispõem TMM e GPT, dispõem do meu post intitulado Nada que não se esperasse (II).
Leio, releio, e tre-leio o post à procura das provas que me incriminem, mas nada, não consigo encontrar nada, e já quase conheço o texto de cor.
Que eu saiba, escrever nada que não se esperasse não indica uma tomada de posição, certo, rapazes?
Que eu saiba, escrever nada que não se esperasse não indica que eu acredite no que lá está escrito, ou indica?...talvez para Vossas Mercês....
Que eu saiba, ao escrever nada que não se esperasse, eu não escrevi a minha opinião acerca da dita votação, ou escrevi?
Que eu saiba, escrever nada que não se esperasse, só exprimiu a minha opinião aos meus caros co-bloggers. Por acaso como lhes convinha...
Que eu saiba, ao escrever nada que não se esperasse, eu apenas revelo que tal texto é algo que eu já esperava, algo que não constitui uma novidade para a minha pessoa. Pode ser? Deixam?
E ficamos por aqui, que o tempo é escasso, e o assunto de somenos.
Da próxima vez, meus caros Amigos, leiam o que eu escrevo, e não me quilhem com esta conversa. Muito menos justifiquem a vossa conversa com essas teorias com que encheram os posts anteriores a este - desgraçados dos leitores, temo que fugirão.

Nada que não se esperasse. (II) 

Na Janela para o Rio:

"Já se sabe que José Mourinho foi eleito no site da UEFA, através da votação dos cibernautas, o melhor treinador da Europa. Mourinho recolheu 118.390 votos... só que desses 118.390 votos, nada mais nada menos que 105.271 (88.92%) tiveram origem em Portugal, num único endereço de IP da zona do Porto, conforme informação do fornecedor do serviço de Internet associado àquele IP, o qual detectou uma fortíssima acção de spam coincidente com o período em que decorreu a votação.
Deste modo, descontados os referidos 105.271 votos que não deveriam ser considerados válidos por representarem um (ou, no máximo, umas dezenas de participantes), restam 13 119 votos para José Mourinho, relegando-o para a terceira posição, atrás de Marcello Lippi (29.385 votos) e Carlo Ancelotti (18.320 votos), e à frente de Martin O'Neill (9.740 votos)."

Nada que não se esperasse. 

França:mais uma vez, pelos seus mais elevados padrões ideológicos, e através dos seus mais dignos representantes. Vindo de França, nada surpreende.

Wednesday, January 28, 2004

E na Vida, 



O melhor que talvez daqui levemos, é até possível que seja o Amor. Tão facilmente fonte da maior felicidade como da maior infelicidade. Assim, acho que é mesmo assim. Ontem vi Lost in Translation, saí da sala embaciado nos olhos. O Amor pode ser muito cabrão com as pessoas. Cheira-me que vou estar mais 2 dias sem postar. Há semanas piores.



Mas a Morte, 

Lembra-me a Vida, e o quão precária ela é. E o quanto uma e outra são inseparáveis. Na vida vemos apenas aquilo que está perto, tudo o que está mais longe do que justamente aquilo que nos é próximo, é desconhecido, é incerto, não sabemos sequer se existe.
E que no fundo, raras são as coisas que superam o valor de uma insignificância.
Talvez a Vida seja um caminho assim:


Novgorod, Rússia, Março de 2001


Meus Caros, 

Terão eventualmente constatado a minha ausência desde Domingo. Tal silêncio foi a única resposta que consegui dar à morte de um rapaz mais novo que eu, que tive a infelicidade de ver em directo num dos meus raros momentos em frente a uma televisão. À morte só associo o silêncio, só isso consigo. São insondáveis os desígnios do Senhor. Paz à sua alma.

Saturday, January 24, 2004

Sunset. 

Desta vez não é nenhuma imagem de Berlin, nada disso. É do nosso País.
Hoje fica aqui um fabuloso pôr do sol, finalizando um dia de praia que foi uma verdadeira supresa para Novembro.
A praia, essa, prefiro não dizer qual é.


Costa Vicentina, Novembro de 2002


O paradoxo do grevista. (III) 

Exactamente, ir aos saldos. Havia tanta gaja (com o dístico grevista orgulhosamente colado na lapela) ontem com sacos de compras a saldo. O dinheiro, claro, vão buscá-lo, mas trabalhar, isso é que é o ca*#%*=. Sempre podiam passar o dia de greve em casa, a ler a cagada do Germinal, do Zola (a quem por alguma razão os fraceses chamavam l'ecrivan de la merde - ora com um elogio destes vindos dos franceses, que já são aquilo que nós bem sabemos, ficamos conversados), para ver se percebem a sorte que têm na vida. Mas isso não! O que interessa é greves à sexta! O azar é ser agora no Inverno, senão ainda dava para uns diazitos de praia. É a velha lei do dá-se-lhes a mão, querem logo o braço.
Ainda me sinto mais grato por poder trabalhar hoje, sábado. Greves? - ....dassssss!

Friday, January 23, 2004

O paradoxo do grevista. 

Nem sempre o faço, mas hoje saí por momentos do escritório para ir até lá abaixo lanchar. Na minha tranquilidade, reparo que a fila para a paragem de autocarro está enorme, maior que o habitual. Trincando um bolo, acompanhado de uma meia de leite, reparo melhor na fila. Apercebo-me de gente com autocolantes, começo a ver malta de lenço palestiniano, bandeirinhas e restante parafernália de manif. Mas melhor, paradoxo do grevista, um cabrão de megafone no meio da fila, à espera do autocarro que nem saíu da estação de recolha, graças à sua greve.

Tele culinária e doçaria. (II) 

A primeira receita é bastante simples, e proporciona-se a um jantar a dois. Sabe melhor do que o trabalho que dá a fazer, logo é o ideal para quando a convidada é alguém a quem queremos surpreender e agradar. Até agora tem uma eficácia comprovada de 95%. È um spaghetti com camarões em natas, na versão portuguesa.
Ao mesmo tempo que se põe o spaghetti a cozer (8 minutos para que fique al dente), deitam-se os camarões (daqueles descascados que se compram congelados) numa frigideira em que os esperam bem quentes algum azeite (0.7º ou 0.5º), pimenta moída na altura, alho picado, algum sumo de limão (1/2 para cada 2 pessoas) e coentros picados. Deixam-se fritar os camarões nesta mistela durante os 8 minutos do spaghetti, e mesmo antes de se tirar o spaghetti do lume para escorrer, deitam-se natas sobre os camarões já devidamente fritos e mais um pouco de coentros picados. Deixa-se estar até levantar fervura, altura digna para lhe juntar o spaghetti por 1 minuto, apenas para ganhar algum sabor. Resta apenas servir, e disfrutar. E seduzir, claro!

Tele culinária e doçaria. (I) 

(Nova rúbrica deste blog, escrita a espaços e segundo a melhor ou pior inspiração dos escribas.)

Um complotista sugere, pede, um blog de receitas, um gastro-blog. Nada que nunca me tenha passado pela cabeça. Por várias vezes estive para lançar o repto, por outras tantas alinhavei mentalmente o postar de uma receita. Mas, até ao dia d’hoje, nunca acordei virado para esse lado. Hoje, quem sabe, talvez tenha chegado o dia da primeira receita gentilmente cedida à blogosfera pelo Blog-sem-Nome, neste caso, por mim.

Devo, numa honestidade introdutória, desenhar em traços largos o meu percurso culinário. Nestes mesmos traços, largos, tudo se explica com a total ausência de noções de cozinha até surgir a necessidade, numa simples palavra, a fome. A 3.000 kilómetros da Casa Parental não havia congelados para aquecer, etc, etc, não havia a boa comidinha caseira. Da necessidade à iniciativa dei um passo invisível, e, nas palavras de um amigo, dinamizei a cozinha. Tudo começou com hambugers – dos quais enjoei ao fim de um mês - feitos por mim em casa, e a partir daí tem sido uma longa auto-estrada de sabores experimentados e saberes ganhos. Antes de adormecer os leitores, uma última explicação: dos livros de receitas nunca sigo nada à risca – gosto de tirar um pouco de 3 ou 4 receitas, aproveitar este ou aquele tempêro sugerido para um outro prato, enfim, experimentar com o senso possível. Como digo nas conversas em que o assunto surge: a nossa arte também está no que cozinhamos.

Para que serve uma praça? 

Para que serve, afinal?
Tal como aqui, mais uma encruzilhada.
Desta vez, num regresso a casa, de mais uma noite entre tantas. De uma noite pequena de Verão, ainda não são 5 da manhã, e já o céu aclara.


Alexanderplatz, Berlin, Julho de 2002


Thursday, January 22, 2004

Momento publicitário. 

Este, já lá canta em casa, e no campo, na festa, no barco, nesses sítios onde nós malta de direita temos a mania de ir. E recomenda-se. Boa qualidade, e facilidade de transporte, num design que será admirado daqui a 20 anos. Mais informações aqui.



Nova-rica-gastronomia. 

Não sei se o meu aturado leitor partilha desta observação que me vem acompanhando desde, não diria as calendas, isso não, mas desde há algum tempo. Prende-se tal reparo com o facto de se ter tornado habitual, pelos restaurantes do nosso país – já tão bem munidos com a nossa gastronomia, tanto nacional como a mais específica regional – apresentarem a picanha nas suas listas. Esta novidade, esta importação, tão rapidamente se apoderou dos cardápios como dos hábitos. Reparem!, qualquer urbano, tanto no escritório como entre amigos, vos fala da tenríssima picanha que jantou ali, naquele restaurante que – tu sabes! -, ou daqueloutra que comprou naquele óptimo supermercado e fez depois em casa deliciando os convidados comensais. Não denegrindo a qualidade da dita carne, observo a sua ascensão a novo-riquismo gastronómico, a ostensiva simbologia de rica alimentação. E o mesmo pensarão os hoteleiros de restaurante, não privando os seus clientes de tão afamado manjar.

Não obstante, e como um mal nunca vem só, facilmente se encontra o outro fenómeno, em qualquer lista, umas linhas abaixo ou acima, ao critério do freguês: ei-lo, o porco preto! De como subitamente todo o porco em restaurantes passou a ser preto, indaga-se ente vosso escriba vezes sem conta. Onde estavam tantos porcos pretos guardados, para alimentar tamanha saciedade? Questiono-me: - já não há porco sem ser preto? Inerente ao dito negro reco, surge a minha última pergunta deste perdido textículo: - afinal, o que são os secretos?

Um pedido. 

Caro Minimalista, parece-me que por aqui gostaríamos de ter uma descrição sua. Esteja à vontade.

Wednesday, January 21, 2004

Hora do almoço. Má publicidade.  

A hora do almoço, seja ela qual for, é um tempo propício à deslocação pela cidade, ou melhor, por parte dela. Quer almocemos ao lado do escritório, na zona do escritório, em casa, no sítio de todos os dias, wherever. É normal um movimento, uma deslocação de um local para outro, e o eventual retorno à base. É o que me acontece todos os dias.

Entre o ir e voltar, onde quer que almoce, há sempre tempo para algumas observações furtivas, uns segundos roubados ao rio, o eléctrico que passa, o engraxador de sapatos, os bloqueadores da Emel, as obras desta cidade (por todo o lado), coisas várias e quase sempre de reduzida importância. Noutras vezes vou reparando na publicidade; p.e. ainda na semana passada fiquei impressionado com o horror das cores de fundo daquele anúncio ao BES com o Cristiano Ronaldo. Reparem, aquilo que tenta ser um céu electrizante é um bizarro céu feito de uma mèlange de fuchsia e púrpura; como público-alvo falho redondamente, pois rejeito o anúncio. Maus publicitários.

Já hoje, o mesmo anúncio foi substituído (quem sabe se para um retoque de cores) por um muito pior. Desta vez, da Europcar. O dito anúncio publicita o aluguer do Smart Roadster Coupé, com a frase mais apropriada a Portugal: "Seja um Nikki Lauda" (não encontrei a imagem online). Exactamente isso. Incitação deliberada ao condutor para usar e abusar da velocidade. Publicidade negligente e perigosa. Creio não ser necessário perder aqui tempo a explicar por que motivos este tipo de incitações são completamente inusitadas, totalmente idiotas, loucamente insensatas. Neste país em que se morre na estrada mais do que por qualquer outra coisa, fazer um anúncio destes deveria dar penas graves.

post scriptum: aproveito para aqui deixar os links para a Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados e para o seu blog, Paz na Estrada

Sobre emigrantes e imigrantes... 

... vale a pena ler este post do Gabriel. Elucidativo, sem dúvida.

Tuesday, January 20, 2004

Porque não...um Museu? 

E porque não, de Karl Friedrich Schinkel?


Altes Museum, Berlin, Agosto de 2002

Informações sobre Schinkel e sobre a Museumsinsel.

Monday, January 19, 2004

Já que se fala disso... 

A não perder este post de m'A do Gang, interessante também para não-arquitectos. Não sendo uma revista que eu compre, por vezes, tal pedaço de papel, cortado em folhas iguais e colado na lombada, vem-me parar às mãos. Foi o que aconteceu há um ano atrás, quando regressado a Portugal, folheio o dito magazine numa sala de espera de dentista - enfim, quando me esqueço de literatura a sério na algibeira, tenho que me entreter com os recursos mais próximos para diluir o tempo de espera. Nele encontro uma entrevista a Silva Dias, feita pelos Papas da teoria em Portugal (ok, ligeira ironia), Rui Barreiros Duarte e Vitor Consiglieri. A páginas tantas, falam no Hansa Viertel de Berlin, e, sai asneira, daquelas à rookie. Não tendo eu practicamente nada que fazer, dedico-me então a escrever uma carta à sumidade, apontando-lhe o erro, corrigindo-o, explicando o quê e porquê. Eis que dois meses depois a minha carta aparece publicada, obviamente com todas as partes menos agradáveis truncadas (...). A resposta de Barreiros Duarte foi um exercício de self-pitty trisonho e derrotado, e obviamente pernicioso: cita-me XPTO de La Palisse a narrar a sua visita a Berlin há 40 ou 50 anos atrás. Enfim, fui às lágrimas de tanto me rir, pensando naquilo que um ego ferido é capaz de fazer. Como não tenho lareira, logo deito o papel desinteressante para o lixo, já não tenho a dita revista, mas informo que a resposta foi publicada em Fevereiro ou Março de 2003 (se alguém a tiver e quiser ter a gentileza de enviar a tal resposta para este correio, desde já agradece). A carta que escrevi, irei procurá-la nos meus arquivos, e assim que a encontre a publicarei aqui.

Quanto ao que o Gang escreve depois, obrigado pela parte que nos toca. Não sendo exclusivista no tema, o Blog sem Nome conta com 66,6% de Arquitectos nas suas fileiras, e volta e meia aflora e debate a arquitectura, é verdade.

Quanto ao enviar para a A&V os posts, não esperemos surpresas: uma parte devidamente seleccionada e enquadrada entre reticências será publicada, seguida de uma qualquer imprevisível citação de La Palisse e de outra de um antropólogo aleatoriamente seleccionado entre 427 possíveis. Caro m'A, já que estás com a mão na massa, aproveita e manda-lhes também o link para este post.

Assim está muito melhor. 

Nada como repensar e esclarecer. Foi o que me parece ter feito o Crítico Musical, neste seu terceiro post sobre Siza e as torres de Alcântara. Mesmo sem linkar ninguém, escreve agora com outra serenidade, tenta explicar os seus argumentos, chegando mesmo a dizer que prevê um trabalho de altíssimo nível, pondo de parte as certezas absolutas dos posts anteriores. Sem dúvida, muito mais salutar, e aqui o reconheço. Ainda assim, estava desconcentrado: faz os dois primeiros parágrafos na 1ª pessoa do singular, mas remata o post na 1ª do plural. Caro Crítico, habituado que estou ao seu rigor, resta-me apenas perguntar-lhe: - Em que ficamos?

Perdiz com duas asas. 

Não pude evitar aquele sorriso estúpido (mas genuíno) que nos fica na cara quando lemos algo de que gostamos. O post desta Senhora sobre esta tasca deu-me a sensação de dejà vu que se tem quando se lê sobre algo que nos é próximo, que conhecemos, que sabemos. A tasca de que fala é exactamente assim, uma animação total, acompanhada sempre pelo peixe mais fresco e a mais pura prontidão, simpatia e dedicação de quem lá trabalha. Mas a Charlotte esqueceu-me de referir os magnânimes bigodes de quem lá trabalha, exemplo acabado da arte do tratamento capilar facial. Para além das sempre habituais 50 imperiais quando são apenas 5, ocorre-me ainda um outro nome próprio com que as coisas são tratadas dentro daquelas paredes. No fim do jantar, ao pedir um Famous Grouse com 2 pedras de gelo, o Sr. Carlos apenas diz para trás do balcão:
- Sai uma perdiz com duas asas!

Vento Norte. 

Chama-se Nortadas e já o acrescentei aos links há algum tempo, mas só nestes últimos dias pude confirmar aquilo de que já suspeitava: a familiar proximidade de um dos escribas. É verdade, aquele senhor que assina José Mexia é meu primo direito, e um daqueles primos que me orgulho de ter. A ti, Zé, um grande abraço.

Actualizando. 

Após um fim de semana passado distante desta Lisboa que hoje na atmosfera límpida reflecte todos os raios deste Sol que avassaladoramente a domina e tenta aquecer, é tempo de voltar à triologia dos dias de semana: monitor, teclado, e rato. Volta-se ao blog, ouvem-se carros nas ruas, há o movimento da cidade, mas há hoje, sobretudo, muita luz, há todo o esplendor do sol d'inverno.

Friday, January 16, 2004

Torres a arder. 

Está de novo ao rubro a discussão sobre as torres projectadas por Siza Vieira para Alcântara. Tudo por causa de um post do Crítico, em que exprime violentamente as suas opiniões no plural (cf. Jaquinzinhos), fazendo da sua opinião a palavra final. O tom do discurso lembra-me algo do género é porque é, sim porque sim, nós temos razão, e ninguém percebe nada disto. Ao Crítico não respondi na devida altura por total falta de tempo, mas parece-me que a acutilância com que fala de música descamba ao entrar noutras matérias. Acontece, nem todos percebemos de tudo, de facto, só percebemos algo de algumas coisas. Respondeu o Lutz, recomendando ao Crítico que peça ensinamentos a Siza. E também o BdE respondeu, uma resposta que não é a minha, mas que teve o condão de o irritar seriamente. Passando ao lado da parte política, uma vez que não tenho muito tempo para pescadinhas de rabo na boca, admiro-me como, na fúria de responder, deixa cair isto:

Se um pato bravo dá um projecto a Siza Vieira deixa de se chamar "pato bravo" e passa a ser uma espécie de "Ludovico Sforza".

Genial! Caro Crítico, gostaria de saber o que pensa de entregar as cidades aos patos bravos(e como eles passam a Sforzas, queremos rentabilidade máxima - avancemos com torres porques obras de arte ficam bem em qualquer lado), na condição de estes apenas poderem construir obras projectadas pelos génios a quem nada se nega? Já agora, com que critério considera Alcântara uma zona horrenda, abarracada e infame (sic)? Não me diga que é 100% subjectivo, apenas pelo critério do seu gosto pessoal - que obviamente considerará acima do de qualquer comum mortal. E ainda, se não for pedir demais, uma meia-dúzia de argumentos minimamente objectivos que expliquem porque afirma que Siza Vieira é um génio e um artista, porque é a sua arquitectura genial, no seu bom entender?

Ainda sobre este assunto, aproveito para lhe dizer que já o discutimos aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui. A discussão foi lançada pelo Gang, e teve a participação d'O Projecto, da Epiderme e do Salmoura. Basta procurar nos arquivos de Dezembro destes Blogs (e espero não ter omitido nenhum).

Para o fim de semana. 

Aqui fica um pequeno exercício de tradução, para aqueles que tiverem tempo e paciência.
Alguns antónimos, sempre dão para reflectir, se nos quisermos auto-caracterizar ao escolher uma das palavras de cada linha.


Berlin, Julho de 2002


Thursday, January 15, 2004

Etwas für essen. 


Berlin, OstBahnhof, Agosto de 2002


O Tempo foge... 

...e passa por nós sem esperar.
Outra vez mails acumulados por responder, post's por escrever, trabalho por fazer, coisas a tratar, renovar o BI, etc, etc... Na blogosfera o tempo sobrante é dedicado à leitura destes Blogs que aqui estão nos links ao lado. Ainda aqui não foi dado um salvé ao regresso do Cataláxia, que o merece, pois voltou ainda melhor. Gostaria de elogiar ainda uns quantos outros Blogs, mas ao olhar para os links ao lado fico com a sensação que os teria que mencionar a todos, mesmo que por motivos diferentes. Quanto aos meus co-bloggers, confesso que também não sei deles, mas espero encontrá-los por aqui em breve. Ainda assim, enquanto o tempo é escasso, vão ficando umas imagens sempre que possível.

Wednesday, January 14, 2004

Quantos são? 

A Praça, encruzilhada de ruas perdidas, em mil direcções.
Passagem para quem chega, para quem parte; mediatriz de caminhos tantos.
Local estático, mas fervilhante de actividade.
Alguns transitam, fazendo nada, apenas observando, aprendendo, apreendendo.
Descobrem o que não conheciam. Aqui, aparvalham, perante um relógio astronómico.
Bem sei, vem de 1410.
Um todo pleno de detalhes, feito desses detalhes, indiviso.
Que creio ser senseless, faltando-lhe uma peça do puzzle.


Praha, Staromestske Namesti, Janeiro de 2000


Tuesday, January 13, 2004

E agora? 

Intanto Sergio Conçeicao ha rescisso il contratto che lo legava alla Lazio. La decisione è stata presa di comune accordo con la società.

Aceitamos apostas sobre o futuro clube de Sérgio Conceição....será Portugal o seu destino?

LIXO. (ou TSF, ou TVI) 

Comentário ao post abaixo, de TMM, sobre essa estação de rádio, a TSF.

Desculpa-me, meu Caro TMM, mas francamente não te compreendo, nem tenho pena das barbaridades que ouves. Como tantos outros bloggers, insistes em ouvir esse pasquim do éter que é a TSF. Aquilo é uma MERDA pegada. Eu francamente não consigo compreender como é que pessoas inteligentes fazem um esforço para tentar enfiar aquele lixo nos ouvidos. Desistam, escolham outra rádio, mas não se queixem daquilo. Para que vos interessa receber 300 notícias por dia já devidamente filtradas por aquela podridão e escola do manuseamento? Francamente... penso que o silêncio é preferível...e não polui.

(e não o referi ainda, mas aqui fica: o mesmo se aplica à TVI (Tele Visão do Incrível, quem sabe se secretamente ligada ao jornal com o mesmo nome?) - é tão assustadoramente má, tão negligentemente desinformadora, tão fortemente contribuidora para a miséria televisiva deste país, tão triste, tão triste, que mais não me dá do que vontade de chorar. Falo-vos a sério. Mesmo o Prof. Marcelo, que alguns insistem ser um farol naquele deserto de ideias, se deixa envolver por aquela aura do "estamos em casa, ainda por cima é domingo" que tomou conta das emissões, e oferece gravatas ao Julinho em plena emissão. A troca de brindes não podia ser feita durante o make-up?, ou é essencial que o espectador a veja? São coisas destas que me afastam cada vez mais da televisão, essa caixa que há muito não tem nada de mágica.)

Monday, January 12, 2004

Calor. 

Não tem estado anormalmente alta a temperatura nos últimos dias? Estando ainda em Janeiro, não seria suposto fazer algum frio?
19ºC de temperatura máxima prevista para hoje, 12 de Janeiro, em Lisboa, confesso que me assustam um pouco, é demasiadamente tropical. A continuar assim, antevê-se que os fins de semana de Fevereiro serão passados de papo para o ar nas alvas areias do Portinho da Arrábida......(mas não deixará de ser confuso regressar à praia sem ter sentido o frio do inverno).



Saturday, January 10, 2004

1ª semana de 2004. 

Não houve grande vontade nem tempo para postar. E eu não posto sem vontade.

Consolação, já só faltam 51 semanas para 2005, o ano em que o marasmo tomará definitivamente conta de Portugal e dos seus autóctones. Passado o Euro dos estádios, sem qualquer grand oeuvre para edificar, sem uma competição para organizar, sem exposições mundiais, universais ou o raio que as parta, os portugueses entristecerão em 2005. Mas sempre poderão contemplar os seus umbigos, para além de enriquecer o conhecimento próprio, é uma actividade que não exige despesa. Pode ser que daí nasça qualquer coisa, nunca se sabe, o porvir é cosido a fio de nylon.

Trabalho hoje, sábado. A juntar aos 8 dias extra de trabalho graças a feriados ao fim de semana, apenas 14 sábados bastam para se trabalhar mais um mês. Tenciono fazer estes 14 sábados ainda no primeiro semestre deste ano. É essencial que neste país que produza mais um mês. Imagine-se, podia até ser um desígnio. Mas, que ignomínia, trabalhar! Portugal tem sol a mais para se trabalhar; o Verão é quente e longo. Quem vai voltar ao trabalho sou eu. Bom fim de semana, então.

Wednesday, January 07, 2004

Gare de l'Est. 

Nachtzug, train de nuit, Paris-Berlin.
Uma noite gélida de meados de Janeiro.
Ele parte, ela fica.
Despedem-se.
Também eu parti.
Para chegar numa manhã cinzenta, fria, estranha.
Chegar ao belo-horrível: Berlin Zoo Bahnhof.
Mas, antes da partida, ver que ainda há quem se despeça, numa plataforma, contando os segundos que restam a dois.



Paris, Gare de l'Est, Janeiro de 2003


Tuesday, January 06, 2004

Cartas anónimas. (sequência aos comentários ao post abaixo, de GPT) 

Não sei se servem apenas para lançar poeira. Não se esqueçam daquela autarca-modelo, Felgueiras de seu nome e de último paradeiro conhecido, que foi denunciada por carta anónima. Logo, sendo uma carta anónima uma forma de denúncia, deve a mesma seguir para investigação imediata com o objectivo de se provar a veracidade ou falsidade da denúncia? Ou chegamos ao pau de dois gumes, que é no fundo a carta anónima, que oscila entre a mais verdadeira denúncia e a mais cruel falsidade. Não será afinal esta forma de denúncia a mais cobarde? Mas quantas vezes é necessária a protecção daqueles que denunciam? Mas, ao levantar uma suspeita, não deverá ser investigada? São apenas dúvidas...

Monday, January 05, 2004

2004 

Leitor, bom ano!

Pessoalmente, este ano começa da melhor forma, com um Benfica à Benfica.

Mais uma vez, a costumeira desculpa lâmpia, a culpa do árbitro, as roulottes das bifanas, o courato com pêlos, a publicidade do banco Recaro, o equipamento à ManU. Quanto ao equipamento, acho bem. Afinal, é o segundo 3-1 que o Sporting dá áquele equipamento nesta época.

Quanto às previsões para 2004, ficou confirmado o que já se esperava:
-2004 não será um ano melhor para 6 milhões de portugueses.

(peço desculpa pelo primeiro post de 2004 versar logo sobre bola, mas um derby é sempre um derby, e não resisti)

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