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Friday, August 29, 2003

Das cagadeiras. 

A propósito das Impressões Holandesas do Animal do Blogue dos Marretas, aqui ficam umas notas soltas.
A cagadeira descrita é para mim objecto de admiração há bastante tempo. Ou melhor, desde que comecei a viajar na Europa de Leste. A distinta, a que chamo "il fait longtemps" de cagadeira de leste, é peça obrigatória em qualquer casa de banho de qualquer edifício construído antes da queda do "ancient règime" nos países de leste (europeu). Infelizmente são substituídas nas actuais remodelações dos edifícios por modelos standardizados e mais ocidentais (em Berlin leste creio haver mesmo 1 lobby de uma "valadares" francesa que equipa todos os edifícios renovados) que ficam anos-luz atrás tanto em carisma como em performance. Muitas vezes mesmo por aquele modelo tão em voga nos dias que correm por ter um "look" moderno, que eu apelido de RRP (Retrete com Resposta Paga), já que o acto de cagar em paz tentando manter o cu seco tem que ser precedido por uma forragem a papel da superfície líquida, dado que esta explode quando nela aterra o rejeitado cagalhão, molhando obviamente o cagante ou cagador (ignoro qual seja o termo mais correcto).
Enquanto vivi na Alemanha de leste pude disfrutar durante o primeiro ano de uma destas cagadeiras de plataforma, e confesso que sorrio cada vez que me deparo com uma destas belas peças. O facto de podermos ver a merda que fazemos, se passa despercido durante o 1º mês de utilização desta cagadeira, não mais passa a partir daí. Começa a tornar-se "normal" um gajo observar (entre o pôr-se de pé e puxar o autoclismo) disfarçadamente com 1 olhar oblíquo aquilo que depositou na plataforma, avaliando a merda depositada segundo o tamanho, a côr e a consistência. Torna-se saudável pois passamos e ter um controle maior sobre o nosso organismo e a alimentação. Ao mesmo tempo passamos a ter pensamentos do género: "cagalhão mais claro - deve ser das salsichas frescas de ontem" ou "a smirnoff é definitivamente melhor que a petrov - não afecta em nada a consistência do cagalhão, mesmo depois de 1 garrafa inteira". Permite ainda fazermos desenhos quando sentimos que vamos "fazer 1 braço", construir aquilo que pode ser designado por "uma espiral de merda".
Infelizmente não tive ainda tempo para fazer uma investigação sobre a origem da dita cagadeira; nem uma lista de quem eventualmente ainda as fabrique. É uma peça de museu (eventualmente de um museu de merda) que deve ser preservada, uma vez que cumpre na perfeição a finalidade a que se destina. Gostava de ter uma numa futura casa minha.

Thursday, August 28, 2003

Sirenes de ambulâncias. 

Acabo de ouvir uma, o que não é habitual, na cidade, em Agosto. Ou pelo menos ouvem-se menos, eu ouço muitas menos. É mais um ruído, dos que eu associo à  urbe, a descansar em Agosto.
Certos ruídos estão associados a coisas muitas vezes sem nexo na nossa cabeça. Na minha q.b.. As sirenes de ambulância são definitivamente 1 dos sons que mais me lembra os 2 anos em que vivi na Alemanha. Porque lá são fortes, porque são mais ruidosas do que as outras, porque se ouvem quando ainda estão muito longe, e porque se ouvem constantemente. Mesmo nas cidades pequenas; lembro-me que em Cottbus quase todos os dias ouvia pelo menos 1 sirene , e geralmente eu estava dentro do Campus da Uni mas as ambulâncias passavam ao largo. Associação ainda mais estranha era a que eu fazia: ao ouvir o som das sirenes lembrava-me (e ainda hoje e cá por vezes me lembro) imediatamente dos atletas israelitas que foram mortos nos J.O. de 72 em Munique. A associação de ideias pode parecer bizarra, mas creio que tenho 1 explicação. A primeira vez que me lembro de registar no meu cérebro o som das sirenes das ambulâncias alemãs foi ao ver um documentário, não me recordo exactamente sobre quê, mas que mostrava as imagens das ambulâncias a chegar algures a grande velocidade (penso que quando encontraram os corpos dos atletas).

Brilho... 

Tenho que admitir que o brilho de Marte ontem à noite me surpreendeu. Podia brilhar assim mais vezes, não era?

Wednesday, August 27, 2003

Luz. 

Fico sempre meio pasmado nestes dias em que chove de manhã e o astro-rei aparece à tarde. Porque em Lisboa o ar fica tão limpo que torna a luz fortemente branca, de uma brancura e de uma luminosidade exagerada. Para além da longa visibilidade que se pode ter nestes dias. Mas só naqueles dias como hoje, chuva de manhã, sol à tarde.
Nada melhor nestes dias que 1 copo entre o escritório e a casa, antes do pôr do sol, num miradouro que nos ofereça um cenário ainda mais comprido que nos outros dias.

Chocos. 

Ainda nas memórias deste Verão (e das férias) - nada se adapta melhor a este dia chuvoso - lembro-me agora de um agradável almoço em boa companhia. Almoçámos chocos à algarvia, que passe a modéstia (fui eu que os cozinhei), ou estavam bons ou tínhamos muita fome. O vinho verde fresco encaixou como uma luva. E este almoço tão normal foi o fim de um óptimo fim de semana.

Tuesday, August 26, 2003

Velocidade recuperada. 

Constato alegremente pela segunda manhã seguida que desde que regressei de férias demoro menos 10 minutos a tomar banho, vestir-me e tomar o pequeno-almoço. Tal rapidez e energia só pode ser das férias, penso eu, mas espero que dure por muito tempo, porque mais 10 minutos a dormir sabem bem, sabem.

Monday, August 25, 2003

Algumas coisas... 

...que foram boas nas férias e me apetecia repetir:
- passar o dia inteiro na praia da ********, completamente vazia, no último fim de semana de Julho
- a temperatura da piscina da Inês no Algarve
- sair do Guincho depois das 9 da noite
- a festa enorme que foi a inauguração do Alvalade XXI
- 5 empadas de vitela (só as da paparoca da foz ainda quentes contam) de rajada antes de ir dormir (obviamente no regresso da noite)
- o concerto do JK no sudoeste
- as ameijoas à Bulhão Pato divinais, comidas com o meu Pai no Angra da Praia Grande
- um pôr do sol incrível na praia da mariana em Afife
Mais se seguirão, estes foram os que agora me ocorreram.

O retorno. 

Bem sei que é um lugar-comum, mas o regresso de férias é algo complicado. Sobretudo porque, pelo menos no meu caso, quando acabo as férias é quando finalmente me começo a habituar ao lento ritmo que as caracteriza, e começo então verdadeiramente a descansar. Não a fazer, e de nada serve chover no molhado. Para além disso, sempre foram 3 semanas que não sendo nada de especial, tiveram bons momentos.
E como nesta primeira semana de trabalho o cérebro se está a readaptar aos ritmos do trabalho e da cidade (embora nesta não haja quase nenhum), não o vou forçar já.
Talvez nesta semana só me dedique a postar bons momentos que tenham ficado destas férias.

Thursday, August 21, 2003

Ainda em férias... 

... e só para enumerar meia-dúzia de coisas boas:
- o croissant das 5 da tarde na doce-mar
- o café depois do almoço na praia da luz
- algumas cervejas na ribeira à noite
- gamão ao fim da tarde no bairro Ignêz
- o pôr do sol visto do molhe antes de jantar
Não são meia-dúzia mas há mais, e aos poucos aqui aparecerão.
Na próxima semana regressa-se à base e à vida real. Até lá, corpo mente e blog vão continuar em stand-by, e sempre que possível ao sol.

Thursday, August 07, 2003

Vacances.... 

Lamento imenso mas ainda não me tinha sido possível anunciar que me encontro en vacances. O regresso dá-se na última semana de Agosto. Até lá, é possível que o blog descanse. Boas férias a todos.

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