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Friday, November 28, 2003

Fernando Santos 

Quero daqui agradecer imenso ao CAA que nos explica tão bem o real valor do Eng. Santos. Não tenho a mínima dúvida a respeito daquilo que diz, o que eu vejo cada vez que me sento no Alvalade XXI é tirado a papel químico da sua descrição. Venha a chicotada! Engenheiro, volte para o Estoril-Praia, de onde nunca deveria ter saído.
Há ainda este texto do Ivan, que bem me fez lembrar a minha infância. As tristezas de que tenho memória em criança foram-me todas dadas pelo Sporting. Apenas.

Sporting. 

Perguntam-me se desta vez não escrevo nada sobre o jogo de ontem do Sporting. Eu não tenho problemas nenhuns com isso! Nem com isso, nem com o banho de bola levado, nem com a vaia a um João Pinto que parece próximo do fim, nem com a eliminação por uma equipa de que nem sei dizer o nome e que joga a UEFA Cup pela 1ª vez, nem com os lenços brancos no final do jogo. Sobretudo com os lenços brancos! Aqueles lenços desfraldados no ar foram mesmo a única coisa que me deu algum alento, e me fez acreditar que é possível que o treinador de 2004/05 chegue mais cedo, comece a trabalhar mais cedo, limpe aquelas teias de aranha mais cedo, faça uma equipa mais cedo. Quanto ao Eng. Santos, estou como este senhor. Isso, e as palmas dos adeptos à equipa turca: no futebol como noutro desporto qualquer, aplauda-se quem merece!

Bem sei que aqui não falamos de bola, mas paciência, esta escapou-me.

Thursday, November 27, 2003

Curta actualização. 

Queira o eventual leitor ignorar a ausência deste escriba nos últimos dias. A razão é simples: não tem havido nada a dizer, logo, nada a postar. É o princípio base, seguido da vontade própria.
Para além disso tem havido muita conversa e discussão acerca da actualidade com outro blogger desta casa, o Tiago, em 3 rounds, sorry, jantares, nos últimos dias. Seria penoso, e longo, passar para aqui as conversas ou sequer parte delas, uma vez que falámos de assuntos tão díspares como a presença da guitarra no jazz, Ljubljana, tivémos os nossos minutos da triologia Iraque-Bush-Al-qaeda, mulheres mediterrânicas, Aix-en-Provence, Churchill, doenças, importância da estatística na alta competição e sua ligação inequívoca ao campeonato do Mundo de Rugby, entre outros. TMM aflorou ao de leve Durkheim, mas eu fui pouco receptivo, contrapondo com todas as contradições do meu ser. Como lêem, nada disto vos interessa concerteza, mas é apenas para saberem que estou bem, entre os vivos.

Há ainda a novidade das imagens, que já sabemos inserir, mas ainda não conseguimos criar um arquivo online de jeito para podermos passar a postar imagens nossas. Em breve, em breve.

Enquanto não chegam a este blog imagens nossas, vão ficando outras. Hoje, a de uma cidade de que muito gosto e na qual hoje me apetecia estar.
Can you guess it?



Não reconsidera? 

O Rui decidiu acabar o seu Cataláxia. Assim, de repente, e sem aviso.
Ora, pela minha parte, resta-me congratulá-lo pelo seu Blog, e perguntar-lhe o mesmo que o P.G.: porque não reduzir a assiduidade?

Wednesday, November 26, 2003

Valência? 

Eu sei que é maldade e facciosismo, mas apetece-me contactar a ETA, apetece-me que o vento mistral apareça e destrua uns mastros, apetece-me que corra mal aquela coisa toda. Só para aprenderem.

2006/7 

É hoje que se conhecerá o veredicto da equipa de Bertarelli.
Pela minha parte, e também com alguma fezada tal como o prof. Marcelo, espero que a Cup venha para Lisboa. I'll cross my fingers...

Tuesday, November 25, 2003

Fazem o que querem! 

Paris et Berlin ont obtenu que les procédures de sanction pour déficits publics excessifs soient interrompues. Prise contre l'avis de l'Espagne et de trois autres pays, cette décision est un désaveu pour la Commission et remet en cause la coordination des politiques économiques.

1ª imagem. 

Parece que é desta que descubro como pôr aqui imagens. Comecemos com esta:

Friday, November 21, 2003

Nostalgie. 

Cai chuva grossa sobre a cidade, rematando a semana ensolarada de manhãs de frio seco, desse frio sem humidade que me torna as mãos brancas e límpidas. Lá fora. Ouço sirenes, buzinas de carros - calculo: o (pan)demónio por perto. Mas lá fora.

Cá dentro, onde o ar é mais quente, onde ele é menos húmido, um Allegro vivace assai relembra-me tempos por mim já vividos e que queria agora repetir. Estou esclarecido: rewind, replay, fast forward, são botões dos vídeos que não se aplicam à vida real. Nunca mas nunca seria igual, qualquer momento (bom ou mau) do meu passado que pudesse repetir.

Mas estes dias de frio seco fizeram-me lembrar dos dias desta época na Alemanha, em Cottbus, e, acompanho estas boas memórias com um sorriso. A verdade, é que ontem, e hoje, tive saudades do Weinachtsmarkt (mercado tradicional de Natal) que se estendia por toda a Spremberger Strasse, onde se compravam as meias de lã mais grossas e mais quentes. De sair do campus ao fim da tarde com amigos e ir beber Glühwein ao frio no Stadtpromenade, mesmo em frente a casa. Não sendo sequer um grande apologista do Glühwein, dou pela falta do seu cheiro tão característico, tão desta época, tão do pré-Natal. Com os beergarten's fechados pelo frio, o Weinachtsmarkt traz as pessoas à rua, mesmo que ar esteja a menos que 0º. E ainda que a menos que 0º, o Weinachtsmarkt cheira a Glühwein, cheira um pouco a salcichas, cheira a pão escuro.

E depois, depois quando nos afastamos, volta subtil e lentamente ao nosso faro o cheiro do Inverno, aquele cheiro do carvão, que arde para aquecer as casas, o cheiro do fogão de sala, revestido a cerâmica, que anseia por mais carvão, que arrefece sem ele, neste ciclo de fogo e calor.
E este cheiro do carvão é tão presente, tão presente, que mesmo já não o cheirando diariamente continuo a conseguir senti-lo dentro do meu nariz, sei que ficará comigo para todos os Invernos, para todos os dias de frio seco.

Nostalgias de uma tarde de sexta-feira chuvosa, agora um Adagio como banda sonora da saudade. Anseio pelo retorno do frio seco, quase obsessão minha, pela partida da chuva, pelas manhãs frias de sol, de uma luz pura, quase alva, de um frio limpo...que faz as mulheres mais bonitas, que desata os nós do cérebro. Tudo é tão mais simples numa manhã de frio seco.


Thursday, November 20, 2003

A carta ao presidente. 

Não sou o primeiro a postar esta carta, nem o segundo. Mas ponho-a aqui porque concordo com o que Forsyth diz a Bush. Aqui fica:


Dear Mr President,

Today you arrive in my country for the first state visit by an American president for many decades, and I bid you welcome.

You will find yourself assailed on every hand by some pretty pretentious characters collectively known as the British left. They traditionally believe they have a monopoly on morality and that your recent actions preclude you from the club. You opposed and destroyed the world's most blood-encrusted dictator. This is quite unforgivable.

I beg you to take no notice. The British left intermittently erupts like a pustule upon the buttock of a rather good country. Seventy years ago it opposed mobilisation against Adolf Hitler and worshipped the other genocide, Josef Stalin.

It has marched for Mao, Ho Chi Minh, Khrushchev, Brezhnev and Andropov. It has slobbered over Ceausescu and Mugabe. It has demonstrated against everything and everyone American for a century. Broadly speaking, it hates your country first, mine second.

Eleven years ago something dreadful happened. Maggie was ousted, Ronald retired, the Berlin wall fell and Gorby abolished communism. All the left's idols fell and its demons retired. For a decade there was nothing really to hate. But thank the Lord for his limitless mercy. Now they can applaud Saddam, Bin Laden, Kim Jong-Il... and hate a God-fearing Texan. So hallelujah and have a good time.
Frederick Forsyth
Novelist


Sub-21 na idade, Sub-0 na mentalidade. 

Exemplar sem dúvida o comportamento destes rapazinhos. Mas melhor ainda, prova de que falamos de pessoas com um QI inferior a um prego, são as brilhantes declarações à chegada ao aeroporto:
José Romão: Há balneários bem melhores. Tudo ficou intacto: a sanita, os armários.
Ricardo Costa: Não se passou nada (...) estava lá a direcção, estavam lá os técnicos, por isso não fomos irresponsáveis.
Bruno Alves (sem dúvida o melhor!): Temos que ver que os jogadores estavam a representar a selecção. Partimos só a mesa, reconheço que aquilo ficou muito sujo. Mas se quiserem mesmo que paguemos, cá estaremos para isso.

Mas qual é o problema? O Bruno cá está para pagar os estragos, o seleccionador Romão diz que a culpa é do balneário pequeno, o R. Costa afirma que como lá estava a direcção não seriam irresponsáveis. Afinal quem é frouxo aqui é o seleccionador, à procura de desculpas no tamanho do balneário, já que os seus pupilos se atiram ao touro sem medo.
Como é óbvio estes nobres e dignificantes atletas continuarão a representar o Burkina Faso europeu, nalguns círculos também conhecido como Portugal. Só é pena que neste mesmo país, a vergastada já tenha sido abolida. Não só para os jogadores, mas para toda a corja (dirigentes e técnicos) que os acompanha e escolta na árdua tarefa de barbarizar todos os locais por onde passam.

Wednesday, November 19, 2003

Bloguenças (crenças e doenças). 

Parece que aqui esta casa está em polvorosa.
Basicamente é assim: dá-se bola ao povo e o povo rejubila. Lá diz a ladaínha do condutor que atrás duma bola vem sempre uma criança. Pois eu corrijo: pode vir um adulto disfarçado de criança, quando a bola tem uma cor.
Ora isto tem que se lhe diga,
pois a tão notável crença,
defendida com fervença,
mais parece uma doença. (era 1 frase singela mas como rimou e detesto rima em prosa, aqui vai disto, um versinho horrível)

Voltando ao assunto não queria deixar de relativizar os galhardetes que por aqui temos trocado. Quando comecei o Blog, escrevi o que se segue, no e-mail que enviei ao Tiago e ao Gonçalo, a 1 de Julho último, quando lhes lancei o repto da participarem neste Blog:

UM PEDIDO: não caiam nunca no facilitismo e nulidade intelectual de cair em discusões/provocações bairristas ou futebolísticas (mesmo em larachas com a selecção nacional é fácil cair em grandes diferenças, sobretudo porque em cada português há um grande treinador de bancada - cujo talento ficou por descobrir, obviamente).

Ora, eu, que sou cristão, tenho que ser também pecador, ou não estaria a ser coerente. Assim, critianizo durante o dia e prevarico à noite, parece-me ser equilibrado. Mas esta prosápia serve apenas para reconhecer que errei, e adoeci com clubite. Eu tento ser imparcial, mas por vezes o pecado grita mais alto e ordena-me sem dar espaço a que vacile. Contudo, eu detesto o cabelo e a postura do Vitor Baía, e isso levou-me a ponderar os seus valores desportivos influenciado por esta asquerosa doença, a clubite. Dou a mão à palmatória, e toldado aceito a punição.

Isto tem mais que se lhe diga. Neste Blog todos somos Amigos de longa data, mas isso não faz de nós iguais. Antes pelo contrário, há concerteza um denominador comum que nos aproxima, e outros haverá que nos diferenciam. Assim como o estado de espírito de cada um. Se nas últimas semanas andei um pouco avinagrado, macambúzio, sorumbático, vá-se lá saber porquê, pode ser que esta semana tal tenha calhado a outro destes bloggers.
E é para isso que somos 3, sempre nos podemos ir revezando!

Tuesday, November 18, 2003

Continuando o pluralismo... 

...e sendo o mais rápido possível, atiro aqui 2 coisas:

- quanto ao vosso estádio do dragão: além de ter o nome mais horrível que eu vi dar a um estádio, não é novidade nenhuma. Vêde o estádio do antigo Lokomotiv Leipzig, da DDR, agora VfB Leipzig, da 2ª Bundesliga Alemã.

- o Baía. Com essa de querer que um guarda-redes jogue porque estatisticamente é melhor, qualquer dia vamos acordar mortos aos cemitérios, porque estatisticamente são melhores. O estatuto de Vitor Baia não mente. Foi um bom guarda-redes no contexto português. A sua passagem pelo estrangeiro foi quase meteórica, e com bilhete de ida e volta - não o terá sido por acaso. E mais, só fica bem a um seleccionador escolher jogadores pelo que eles jogam no momento e não pelo que representam ou representaram.

As Tunas (ou Questões de Concertina, como preferirem) 

É sem dúvida hilariante esta pergunta de ZDQ do Gato Fedorento. Mas ainda melhor é o acrescento de ontem. Realmente, Almeida Santos, está tudo doido, ou quê?
O que eu agora gostava era de ver os Professores Marretas, da U.B.I., a dissertarem um pouco sobre este assunto, sobre o qual terão concerteza pano para mangas. Fica o desafio.

E não me digam que este Blog não é pluralista... 

O Tiago (co-blogger desta casa) não gostou do meu post Mudanças Relativas. Bem, eu só posso dizer que realmente a escrita não me saiu ao melhor estilo. Mas o que eu queria transmitir era aquilo mesmo. Quanto ao comentário da ditadura do corpo...que tornas as suas vidas um infernozinho eu só posso dizer que nem pensei nisso. E mesmo agora que a questão se põe, pensando um pouco, acho que já temos preocupações que bastem na vida para nos deixarmos alienar por essas ditaduras menores. Quanto a racismo encapotado, eu só espero não conhecer nenhuma Senhora que sofra desse mal (vivendo nesse sofrimento), ou que veja o problema desse prisma. Isso seria grave de sobra, quem sabe até paranóico, eventualmente esquizofrénico, naturalmente hipocondríaco.

(o pluralismo ainda continua, se possível hoje)

Monday, November 17, 2003

Mudanças relativas. 

Sábado, numa festa, perto de Vila Real de Trás-os-Montes, reencontro bons Amigos. Os convidados(as) do costume na festa do costume. Curto diálogo com um bom Amigo meu:
-Está tudo igual...
-Nem mais...
-Somos os mesmos do costume, e esta festa continua igual a sempre...
-Nada muda...

(passam-se 2 minutos já noutro tema)
-'pera lá, houve uma coisa que mudou!
- O quê?
- Elas estão mais gordas!
- Tens razão!Já tinha reparado, todas!


Enfim, o tempo passa, e sem mudar muita coisa, vai deixando as suas subtis marcas.

Friday, November 14, 2003

À Portuguesa! 

Nesta manhã recebi já 2 e-mails iguais, de título America's Cup, com o seguinte apelo:

Muito importante!!

Só se perde um minuto. Votem por Lisboa

http://www.tdg.ch/accueil/avis_sondage/sondages/index.php?Page_ID=5333&s


Vou até lá, à Tribune de Genève, onde posso votar por qualquer das 4 cidades finalistas. Voto obviamente por Lisboa, e espero pelos resultados. Surpresa! Tal como as eleições do benfica. Votação inteiramente dominada por portugueses, quem sabe também a comunidade portuguesa na Suíça. Às 12:26 de hoje a votação vai assim:

Marseille 8.85%
Lisbonne 89.68%
Naples 0.50%
Valence 0.97%


Está certo, os Suíços adoram Lisboa, e obviamente detestam Valencia e Napoli. E eu devo ser só o 3º ou 4º português a votar nesta sondage. A sério!

Thursday, November 13, 2003

Mais nada! 

O Estágio da OA é uma vergonha. O pretexto para a sua implementação é uma maior qualidade da arquitectura em Portugal. O pretexto seria cómico, se não fosse trágico.

Ao longo da última década, a OA assistiu impávida e serena à abertura de cerca de 20 (!) cursos de arquitectura, que foi oficialmente reconhecendo com critérios duvidosos, visto que o posterior processo de acreditação veio a revelar que a maioria, entre outros problemas, funcionava com currículos desajustados. Ou seja, durante anos, a OA foi sancionando a desmedida proliferação de cursos independentemente da sua qualidade; depois elaborou essa emenda manca e hipócrita que é o recente Regulamento Interno de Admissão (RIA), onde aparecem as acreditações e o estágio pós-licenciatura.

Ainda antes da aprovação do RIA, formou-se um movimento estudantil de contestação, no qual eu estive envolvido. Na altura escrevi um texto que foi assinado pela maioria das escolas de arquitectura e endereçado à OA, onde se chamava a atenção para os efeitos perversos do processo. Tudo o que na altura denunciámos veio a acontecer. O texto tinha quatro páginas, que eu resumo numa ideia principal: a obrigatoriedade de estágio, sem que a OA garantisse colocação ou remuneração, iria provocar uma situação de trabalho precário durante um ano, ao qual se seguiria o provável desemprego, visto que passaria a estar ao dispor dos arquitectos mais velhos uma abundante mão-de-obra gratuita renovada anualmente. Resultado: a grande maioria dos estagiários aufere o ordenado mínimo ou menos e muitos nem sequer têm um vencimento; apesar disso, na maioria dos casos a exigência laboral é a mesma de um emprego bem remunerado; já existem arquitectos a despedirem outros arquitectos para poderem empregar estagiários sem vencimento. E isto são apenas alguns casos já típicos...

O que eu vejo é que o Estágio, previsivelmente (não foi concerteza por falta de aviso), mostrou-se meramente um meio de travar o acesso à profissão a milhares de jovens licenciados, para benefício daqueles já instalados no meio, que não hesitam em explorar jovens qualificados, colegas de profissão.

Mais concretamente: todo este processo é uma falta de vergonha na cara colectiva.

Onde é que aqui está a preocupação com a qualidade da arquitectura é algo que ainda me hão-de explicar um dia…

Bolha. (II) 

Não é meu costume postar da coisa privada. Em 5 meses de Blog-sem-Nome, lembro-me de um post a 31 de Julho e outro por volta de 5 de Setembro, mas poderá haver mais.
Mas agora que o Gonçalo postou acerca da chegada do nosso Grande Amigo Bolha (a identidade permanecerá incógnita), vejo-me empurrado pela alma que empurra o corpo (ou será o contrário - às vezes baralho o que há de Descartes dentro de mim, cartesianismos invertidos entre alma e corpo) a dactilografar meia dúzia de linhas.
Lembro com especial saudade (palavra substituível por amizade ou ternura) um dia passado connosco os 3. Aliás, ficamos só pela manhã. Mantendo a identidade de Bolha do lado de cá não o estou a aviltar, penso eu. Assim, depois do despertar em Cottbus, Bolha vomita; causa: ressaca profunda. Mas o melhor ficou para o caminho até Praha. Na autobahn até Dresden, Bolha presenteou-nos com várias bolhadas avulsas com que ia quebrando a amena cavaqueira. Mas a que me ficou na memória, e que originou uma gargalhada seguida de 5 minutos de silêncio, foi esta pérola solta a 140 km/h depois de passar em mais uma saída: Porque é que há tantas terras na Alemanha chamadas "ausfahrt"?

Leituras. (II) 

Agora num registo mais sério, recomendo vivamente a leitura deste artigo de Mark Steyn na última Spectator. É um artigo muito interessante acerca das diferenças entre Europa e América. Mas é mais um artigo que resvala para Israel, habitual em Steyn. Vale a pena lê-lo nem que seja para se compreender melhor o feeling que existe do lado de lá. Deixo aqui um aperitivo:

Europeans are worse than cockroaches
There is a Cold War between the US and the EU, says Mark Steyn, and it will end with the collapse of Old Europe.

Leituras. 

Já tinha recebido por e-mail este excerto duma notícia do Correio da Manhã sobre o inenarrável Zé Castelo Branco, mas agora que lhe encontrei o link, aqui fica:

DORMIU DE PORTA ABERTA E DIVERTIU

"Foi a noite mais divertida que já passámos na prisão". A frase é de João Braga Gonçalves e foi proferida ontem, durante o café da manhã, no Estabelecimento Prisional junto à Polícia Judiciária (EPPJ). Na mesma mesa, João Vale e Azevedo e José Braga Gonçalves, outros dos notáveis daquela prisão, assentiram e o riso foi geral.

Tudo por causa de José Castelo Branco, cuja passagem pelo EPPJ dificilmente será esquecida, de acordo com aquilo que os irmãos Braga Gonçalves contaram ontem a uma das suas visitas. Tudo começou quando Castelo Branco teve de se despir, regra da prisão. O facto de estar de 'collants' de lycra e cueca fio dental foi, obviamente, alvo da maior chacota. Depois, o 'marchant' ex-modelo, não aguentou ficar fechado na cela. Gritava bem alto que sofria de "afrontamentos" e "claustrofobia".

Numa primeira fase, os guardas iam-lhe abrindo a porta da cela a espaços. Mas face à gritaria, com frases como "são os invejosos", "eu sou um senhor, casado com uma dama multimilionária e conhecido em todo o mundo" e "é por causa desta inveja que eu detesto este País, quero voltar para Nova Iorque", quando a espertina já tinha atingido toda a ala e todos riam, foi tomada a decisão de deixar a porta da cela aberta e colocar um guarda de vigia.

De manhã, na tal mesa do café, continuaram as lamentações. Castelo Branco queria estar "apresentável" para ir a interrogatório, até porque só veste grandes marcas. Pediu gel e um elástico para o cabelo. Como não havia, protestou alto e bom som. Voltando às suas frase preferidas – "Eu sou um lorde, um senhor, vocês são uns invejosos, não posso ir assim ao juiz" –, Castelo Branco lá conseguiu um elástico de borracha normal e puxou o cabelo para trás com água.

Wednesday, November 12, 2003

Doentes que procuram. 

O Sitemeter proporciona-nos destes momentos. Desta vez, de entre os visitantes enganados, não tenho palavras para quem cá chega à procura de:

- videos arquitecto taveira
- portas deneuve monde
- meninas escort lisboa
- anal forçado
- videos porno blog
- 14 anos erotico video

Se ao princípio se poderia achar graça a quem aqui chegava por engano, desta vez algumas pesquisas indicam bem quantos tarados navegam por essa net fora. Que se procurem na net os vídeos do arquitecto Taveira, não me incomoda rigorosamente nada, o senhor filmou-os ele mesmo e era maior e vacinado, embora possa duvidar da qualidade cinematográfica das suas obras. Agora, que se procure "14 anos erotico video" no Yahoo é pura e simplesmente doentio. Muito doentio.

Tuesday, November 11, 2003

Comentários dos leitores. (II) 

Confesso que iniciava a escrita deste post com outra vontade. Ia explicar, como se faz às crianças, algumas coisas relativas aos comentários. Mas não vale a pena perder muito tempo. Já bastou este post que certamente nem todos leram, mas que fez alguns muito estimados leitores enfiarem carapuças que não eram as deles. Não sei porquê.
Once again:
- os comentários são bem vindos, mas podem ter um objectivo: ser construtivos, ou ter piada, acrescentar algo ao que se diz, and so on, and so on - assim têm sido a maioria.
Agora, explicava a certos senhores, nomeadamente apelidados de Funini e TM (comentários ao meu post A Lua) que talvez percam o vosso tempo neste pasquim, e aceito perfeitamente que estes textos vos enfadem. Tal facto é normal. Como alternativa, posso recomendar-vos alguém bem mais divertido, o Professor Beita, ainda que tema pelas dificuldades de leitura dada alguma erudição no palavreado. Mas vão lá ver, e divirtam-se.

A Lua. 

Nunca percebi porque tem a Lua um nome masculino em alemão: der Mond. E o Sol: die Sonne - é feminino. Enfim, poderá até ter feito sentido numa ou noutra noite de devaneios na minha vida na Alemanha - mas neste momento não lhe encontro razão.

Mas! Este post, porquê? Porque a Lua tem estado enorme! Enorme, mesmo. Chego a perguntar-me: Estará avariada?
Vale a pena olhá-la com atenção nestes dias, por horas do princípio da noite. Porque ela não está enorme, apenas parece enorme.

Friday, November 07, 2003

El trén (de grand vitesse)... 

Recomendo a leitura deste post do Gabriel. Verdades...

FMA

Comentários dos leitores. 

Um prezado leitor, envia-nos por e-mail um comentário que não cabe na caixa de comments. Devo dizer, de minha justiça, que estes comments, da Blogextra, são uma bela merda. E são israelitas, ainda por cima - don't misunderstood, eu estive em Israel, o país é bonito, mas não simpatizei muito com aquela malta de lá, e digo com todos, arabescos e sionistas.

Mas, e voltando aos comentários aqui feitos, parece-me indicado recomendar a aqueles que aqui comentam, que pensem 1 minuto antes de escrever a primeira merda que lhes vem à cabeça. Os comentários são bem-vindos, mas refreiem-se. Infelizmente tenho lido aqui coisas desagradáveis, sem nexo, e penso que são de uma amiga. Calma, malta! Pensar não dói nada e não faz mal.

Finalmente, aqui fica o mail do leitor, acerca do post Também já fiz o teste:


"E o resultado é perfeitamente indiferente." - é o problema de se fazerem testes tipo revista feminina, sem haver uma preocupação de se entender (e de quem os faz de explicar) toda a teoria subjacente ao teste. Devo dizer que fiz um curso de eneagrama e se quando entrei para lá, era o protótipo do cepticismo, no momento em que o terminei, permitiu-me encarar muitas situações da vida (particularmente ao nível de relações interpessoais) de uma forma bastante mais pró-activa.
Mas obviamente que o teste só por si não tráz nada a ninguém...mas nem este nem nenhum!

Cumprimentos,

Alexandre Magalhães


FMA

Thursday, November 06, 2003

Resposta a TMM 

Ao comment feito ao post "A notícia Casa Pia". E porque não cabia num outro comment. Por uma unha, mas não cabia.

TMM,
o jornal Independente é, ao contrário do que escreves, e inegávelmente, um orgão de informação/opinião de referência. Só que é-o para a direita portuguesa. E num universo jornalistico dominado pela esquerda, louve-se a existência de um jornal abertamente de direita. Aliás o único, se não contarmos com o velhinho e moribundo Diabo. E não vale a pena referir o Expresso. O Expresso não é um jornal de direita. Nem de esquerda. É uma amálgama.

GPT

A notícia Casa Pia 

Sou forçado a concordar com o que escreveu Constança Cunha e Sá (Independente 31/10/03). Diz Constança Cunha e Sá (CCS), em bem escrita crónica, que é falsa a premissa de que se parte para defender que o caso Casa Pia abafa todo e qualquer outro assunto de interesse para o país. Que ao dar-se tanto destaque (merecido ou não, não cuida neste post tratar) a tal problema, rouba-se tempo e espaço para que outros problemas, que igualmente importantes existam, sejam tratados com o devido destaque.
Trocado por míudos, seria esta a razão porque em vez de se estar a debater com propriedade o Orçamento de Estado se está a falar da "célula" médica do "psicólogo" Rui Frade. Seria esta a razão pela qual não se fala mais nos incêndios florestais deste Verão, onde ele já vai, e tudo o que à volta deles gira ( desde esse prometido livro branco, onde está ele?, não se ouve falar, passando pela reformulação da antiga Direção Geral das Florestas convertida em Autoridade Nacional das Florestas, até ao inenarrável episódio dos voos turísticos no helicóptero posto á disposição dos B. V. de Lamego) para se poder dedicar longos minutos de filme em registos das visitas prisionais, entradas e saídas, da srª. Raquel Cruz. Razão seria também para que as demissões ministeriais, e a nomeação de um dos acessores, ex-acessor portanto, para substituir Mário Bettencourt Resende na direcção do Diário de Notícias, tenham passado em formato quase "press release" na imprensa, quando não podem passar sequer dois dias sem que os senhores Pedro Namora e Adelino Granja sejam entrevistados sobre toda e qualquer minudência do processo, em directo ou não, importante é que o sejam. Ou ainda, e roubo estes exemplos a CCS, que em vez de se discutir esse fundamental passo europeu- Constituição Europeia- prestes a concretizar-se, ou um passo fundamental nacional- reforma do sistema político- longe, muito longe claro, de se concretizar, só se tenha olhos para "as actividades do sr. Carlos Silvino e Associados", a explorar sórdidamente em entrevistas a sujeitos de costas voltadas e voz distorcida.
De facto, o que CCS defende é que essas actividades, e cito, "não interromperam qualquer reflexão nacional em curso: caíram, (...), no mais absoluto vazio". E as razões dá-nos a seguir: "(...)um país pelintra, um governo sem rumo, uma oposição inexistente, uma opinião pública fraca e pouco esclarecida (...)". Sendo assim, num país como o nosso, numa realidade como a nossa, torna-se óbvio que o assunto Casa Pia não veio roubar protagonismo ao que quer que fosse. Esta "novela judicial" (designação presidencial) tem o tempo de antena que o país quer,nem mais nem menos, e por isso merece.
E daqui não se torna difícil concluir que se não se dedicasse tanto tempo a esse malfadado tema, seriam outros a tomar o seu lugar que não os que verdadeiramente interessam ao país. E assim,provavelmente, teriam sido filmadas todas as outras intrevenções da GNR a forçar a entrada na casa de barricados benfiquistas, logo a seguir ao jogo com o Beira Mar. Assim como poderia o Big Brother, figurando já, e justamente, no top ten dos programas mais vistos semanalmente, abrir noticiários na TVI. Ou ainda poderiamos ter o Sr. Dom Duarte Pio a opinar sobre o casamento do seu "primo" Filipe de Espanha nos quatro canais em simultâneo. Sem esquecer a possibilidade de multiplicar os directos de manifestações estudantis, com os manifestantes a gritar impropérios contra o governo quando não mostrassem o rabo.

GPT

Wednesday, November 05, 2003

Também já fiz o teste. 

E o resultado é perfeitamente indiferente.

Conscious self
Overall self
Take Free Enneagram Personality Test



FMA


Ana Gomes 

Ontem à noite, enquanto relia Baudelaire, descobri nas suas palavras aquilo que me vem à cabeça quando, por breves momentos, este ser passa perto da brisa dos meus pensamentos. Ao leitor desde já advirto que onde lê George Sand basta substituir por Ana Gomes.

“O Diabo e George Sand.” – Não deve acreditar-se que o Diabo apenas tenta os homens de génio. Despreza, sem dúvida, os imbecis, mas não desdenha o seu concurso. Muito pelo contrário, funda neles grandes esperanças.

Vêde George Sand. Ela é sobretudo, e mais do que qualquer outra coisa, uma “grande besta”; mas está “possessa”. Foi o Diabo quem a persuadiu a fiar-se no “seu bom coração” e no “seu bom senso”, a fim de persuadir todas as outras grandes bestas a fiarem-se no seu bom coração e no seu bom senso.
   
Não posso pensar nesta estúpida criatura sem sentir um certo frémito de horror. Se a encontrasse, não poderia impedir-me de atirar-lhe com uma pia de água benta à cabeça.

FMA

Tuesday, November 04, 2003

Carta. 

Em carta por mim ontem escrita, a um amigo português que está a viver no estrangeiro:

(...)por cá a coisa corre entre a languidez Outonal (a parte da alma) e a correria urbana (a parte do corpo). Tem havido bastante que fazer em vários campos(...)

A actualidade é unicamente pessoal. As outras actualidades, o que vem nos jornais, o que as tv's transmitem, fica obviamente de fora. São minudências com que nunca iria conspurcar uma carta, muito menos a um Amigo.


FMA

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