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Friday, October 31, 2003

Les Visiteurs. 

Todos os visitantes desta casa são bem-vindos. E tirando alguns comments mais infelizes que cá deixam, tudo se tem passado na mais saudável simpatia e correcção. Ainda bem.
De entre estes visitantes, uma grande parte chega cá pela Telepac. Mas há visitas regulares vindas da Universidade de Coimbra, da Moderna (?), do Inst. Politécnico de Lisboa, etc, etc. Mas hoje ao dar uma vista de olhos pelo Sitemeter constato que alguém da Universidade de Lyon nos visitou; o visitante que usa o servidor da E.U. é habitual; mas, e aqui deve ter havido engano, veio cá alguém do Banco Mundial - Como é que alguém duma instituição prestigiada perde o seu tempo nesta xafarica?
Entre os encaminhados do Google há quem aqui chegue à procura de:
-regulamentos de praxe
-isec
-fotografias de jordana jardel (confesso que temos tentado, em vão, que ela escreva umas linhas para este Blog, mas tem havido dificuldades negociais)
-psoríase
-template flash
-blog sem propaganda
-sugestões de nome de sítios
-karen jardel nua (a pesquisa sobre a família jardel abunda)
-míudas giras (fazemos o que podemos)
-fotografias de Alvalade XXI .
Lamentamos imenso a todos aqueles que não encontraram o que procuravam. Resta-nos dizer que tentaremos fazer melhor.

FMA

Thursday, October 30, 2003

Contributo. 

O último post, de TMM, é uma resposta a um comment feito pelo RS ao post Lisboa vs Porto, já aqui em baixo. Esse post é da autoria do TMM, embora no essencial eu concordo com o que lá é dito, e entendo onde ele quer chegar.
Quanto ao último, deixo aqui uma pequena história ilucidativa acerca do engenheiro alfinete, também conhecido nos Serviços de Identificação Civil por Nuno Cardoso, esse criativo que por uma semana mudou o seu gabinete para o Bairro da Sé - uma medida que se bem analisada nada tem de populista, nem demagógica, e a mudança foi obviamente precedida de cuidados sanitários, para uma praça acabada de restaurar, desinfectar, enfim, higiénica. Passando ao episódio, estava este vosso escriba a assistir tranquilamente a um concerto de jazz (integrado no Festival de Jazz do Porto) no Rivoli, quando este homem (Senhor não deve ser usado ao Deus-dará) entra pela sala acompanhado da sua mulher, fazendo todo o estardalhaço possível, obrigando pessoas a se levantarem para que ele chegasse à cadeira onde se queria sentar. Isto foi notado com incómodo por toda a sala principal do Teatro Rivoli. Não contente com o triste espectáculo que fez ao entrar atrasado, eis que decide retirar-se antes do fim do concerto (provavelmente jazz é demasiado erudito para ele, e concerteza estaria cansado de mais 1 dia a assinar depachos que não teve tempo para ler), fazendo o mesmo barulho, obrigando pessoas a levantar, incomodando quem estava lá porque queria. Melhor de tudo: tudo, mas tudo, feito sempre com aquele sorriso parvo e sonso que trás estampado na sua cara.

FMA

Wednesday, October 29, 2003

Se... 

Não resisto (ou o meu ego não resiste) a publicar este comment que o nosso sempre atento leitor Migmag fez ao meu post A Vida.(revisitada) (não faço link porque está mesmo aqui em baixo). Aqui fica (e obrigado ao Migmag e a todos os leitores deste Blog):

Vamos imaginar que o nosso Chico ia desta para melhor. Porque é que ele nos ia fazer falta:
1. Quem é que nos ia levar para uma ramada de caixão à cova à sexta à noite?e ao sabado à noite?e ao Domingo?e à segunda....
2. Nós não estamos interessados que este blog seja alimentado só pelo Matos. E muito menos pelo Salito e os seus desbocados comentários. Imaginem só o Salito à solta.
3. A quem ia caber a tarefa de acabar a história de Berlim? Já para não falar da Flor do Mal.
4. E os cozinhados do rapaz? Ai, os coentros!
5. Ficavamos sem sítio para ficar em Lx.(uns mais que os outros)
6. São tantas as coisas: o rapaz tem qualidades. Iamos ter saudades de certeza.
Um abraço ,


FMA

Música 

Rolam por aí abaixo uns posts que dissertam sobre música. Pois fiquem-se com esta: Dulce Pontes numa música composta pelo maestro Ennio Morricone, "O amor a Portugal". (A que foi interpretada na inauguração do Alvalade XXI). Simplesmente sublime! Uma voz celestial sobre uma letra que evoca uma diáspora, agora, pelo sentimento nacional, e sob os arranjos do mestre italiano, levanta-nos a estima de sermos portugueses. Que música notável! Até arrepia...
Deixem-se de coisas. Aqui, o que é nacional é mesmo bom.

GPT

Tuesday, October 28, 2003

A entrevista 

Ontem, na entrevista concedida em simultâneo a três orgãos de comunicação social, o Presidente da República, o Dr. Jorge Sampaio, respondeu, a propósito do assunto "escutas telefónicas", à pergunta da jornalista Judite de Sousa:" se passou a ter mais cuidado ao telefone", do seguinte modo:
"- Rio-me muito! Agora se estiver [ a ser escutado], ouçam lá o eu estou a dizer: zás, cinco palavrões!

A frase, que foi ouvida ontem na televisão, teve também de ser lida hoje no jornal. Caramba! Cinco palavrões, assim, de uma assentada! Toma lá. Queres mais? Boa! Não é tarefa fácil. Gabo-lhe a imaginação. Gabo a imaginação de quem, querendo, solta um chorrilho de palavrões bastando que, à vontade de rir uma conversa telefónica com um amigo se junte. É que eu ontem, num esforço de imaginação, mentalmente elaborei uma lista de palavrões existentes na nossa língua e concluí que, se o campo de recrutamento dos mesmos for o verdadeiramente ordinário (obsceno mesmo), a sua lista torna-se algo curta. De facto, a língua portuguesa é até bastante pobre neste campo do calão (e nisso os espanhois são muito mais felizes do que nós) e até, no meu leve exercício de memória, não consegui lembra-me de mais do que 20 obscenidades correntemente utilizadas, e sendo que várias delas são variações do mesmo vocábulo. (mandava a clareza do artigo inserir aqui e agora um exemplo do que escrevo, porém falam mais alto o decoro e as boas maneiras e na escuridão nos quedamos...). Mas é mesmo assim, nesta escassez de asneiradas, que o entrevistado escolhe (ao calhas, digo eu) cinco e, para gáudio pessoal, dispara à boca cheia. Admirável.
Mas isto sou eu a ser mauzinho pois "palavrão", para além de palavra obscena, significa também, e aqui socorro-me da definiçãoo dada pelo Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, "palavra comprida e de pronúncia difícil". E assim, já é mais decente imaginarmos o entrevistado de dicionário na mão (tal como eu agora!) a ferir os ouvidos do seu interlocutor, mas não só, com palavrões como: superturberculinização, permanganização ou trangalhadanças!
Uma outra hipótese ainda, mas para esta seria necessário ser alguém com um enorme sentido de humor e maior presença de espírito- e eu nisso, aqui, não aposto dinheiro-, seria imaginar o entrevistado invocar o inimitável personagem de Hergé, Capitõo Haddock, e, citando-o, lançar-se numa chusma de impagáveis impropérios: " vagabundos, ectoplasmas, marinheiros de água doce, zulus, ostrogodos, insectos, mortos-vivos, vândalos, rapinantes, flibusteiros!... Isso sim, teria piada.

E à pergunta que vocês deveriam estar todos a ler-me a responder, o que achar de um Presidente da República que tem uma afirmação destas, eu faço-me de desentendido e respondo incrédulo: o quê, um Presidente da República disse tal coisa?!?

GPT

Actualização. 

O Método Eleitoral foi actualizado com mais duas contribuições, umas das quais publicada ontem, o que mostra que esta discussão não está fechada.

Monday, October 27, 2003

A vida. (revisitada) 

Um curto e breve momento daqueles que ficam. A história dura 3, 4, no máximo 5 segundos e conta-se em duas penadas. Vinha eu noite escura no eixo norte-sul, piso bastante molhado, não chovia, 90 km/h, curva aberta para a direita, de repente, sem mais nada, 1, 2, 3, 4 peões, 3ª a fundo para tentar ganhar qualquer aderência possível, ao 5º peão toco em força no rail da direita, amortecendo o baile, e ficando literalmente parado na faixa do meio (de 3) em contramão, e uns faróis que à distância se vão aproximando de mim. Tempo para dar arrancar e dar meia volta em peão, e parar na berma alguns metros mais tarde. Obviamente que nos curtíssimos segundos em que rodopiava de rail para rail o cérebro procura soluções, e o único pensamento para além de reacções automáticas como reduzir, acelerar e contra-brecar foi: vou ficar ensanduíchado. Tudo o resto veio visitar o meu espírito depois, na meia hora seguinte. O estar preparado para morrer, o estarem preparados para que eu morra, aquilo que ainda ficava por fazer, haveria óleo?- já que não havia lençóis de água, a sorte de só partir um pouco da frente, se em vez daquele carro viesse atrás de mim um TIR, ou outra camioneta cujo peso e dimensão não permitissem numa manobra rápida o desvio de um carro em peões à sua frente, o esmagamento total, etc, etc. Nem vale a pena seguir por aqui. O que vale a pena é aproveitar ainda melhor o dia de hoje, o de amanhã, os seguintes, e não ter assuntos pendentes, e estar preparado para tudo.

Algo assim, cheirar de perto a própria partida antecipada, é um privilégio, e como tal, é obrigatório que seja proveitoso. Como ainda não se passaram 24 horas, e a assimilação não está completa, vou mesmo deixar este post por aqui...

Friday, October 24, 2003

Falar sozinho. 

Não sei se é motivo para preocupações, mas reparei que nos últimos dias não me calei durante todos os meus jantares, do princípio ao fim do repasto. O que me preocupa ligeiramente é que em todos esses jantares tenho estado...sozinho. Será problemático, ou apenas da época?

Mais praxes. 

Mais uma notícia sobre os anormaizinhos ditos comissão organizadora de praxe. Mais uma vez passam facilmente a comissão organizadora de fizémos merda. E mais uma vez nos faz falta a lei indonésia da vergastada. As vergastadas (nunca menos de 100) deveriam começar pelo Marquito que preside à associação de estudantes lá da xafarica, que nos sai com frases destas: O aluno não fez nenhuma queixa dentro dos órgãos do ISEC e ainda nos fala em regulamentos de praxe.
Podemos então começar pelas 250 vergastadas aqui p'ró presidente e continuar pelos restantes praxistas (250 para esses também não está mal).


Wednesday, October 22, 2003

Notícia triste. 

Acabo de saber que Elliott Smith morreu ontem, dia 21 de Outubro de 2003.
Em poucas palavras: - surpreendente, no mínimo; esperava-se a saída um album para breve; o obituário musical deste ano engrossa.

Tuesday, October 21, 2003

Alvalade XXI, ontem à noite. 

Sporting x Beira-Mar

Comecei a escrever este post apenas como um comment a este post do Jaquinzinhos, mas ficou um pouco longo para comment.

Afinal, nem tudo foi assim tão mau. A relva está finalmente boa; o ambiente continua magnífico (até mesmo naquela gargalhada geral quando o locutor anuncia o "pistoleiro Silva" (talvez de pólvora seca)); Pedro Barbosa não só voltou a jogar futebol como aguentou mais do que 45 minutos; Hugo esteve bastante bem; o próprio Mário Sérgio já acertou passes; Silva conseguiu fazer 1 recepção e 1 passe certo; O Beira-Mar foi a 2ª equipa nesta época(a 1ª foi o Belenenses) a apresentar-se am Alvalade XXI para ir jogar futebol e não o contrário, não fazer anti-jogo, não destruir todas as jogadas em falta, nem sequer arrancar para o contra-ataque. Por isso, e aqui se calhar repetimos-nos, urge cada vez mais reduzir esta miserável liga, para enviar Nacionais e Gis-Vicentes e os seus paupérrimos treinadores para a 2ª ou 3ª ou 4ª liga. Porque Manuel José e António Sousa treinam equipas para ganhar, não treinam jogadores para nunca passarem acima do zero nas suas carreiras, não treinam jogadores para ir a este ou a aquele estádio segurar qualquer ponto que seja, à custa da mais mísera atitude se tal for necessário (lembro-me de quantas 2ªs bola foram postas em campo há 3 semanas por jogadores do Gil Vicente), e como tal, equipas assim merecem perder, e se possível com 1 único golo marcado aos 95', que é o Prémio Morremos na Praia que vieram pedir e bem merecido é. Manuel José e António Sousa foram os únicos treinadores com tomates nesta época para ir tentar ganhar a Alvalade, e mesmo saindo derrotados saem de cabeça erguida porque as suas equipas jogaram futebol, os seus profissionais trabalharam de forma digna, independentemente do resultado. A isto chamo eu futebol, e para ver isto vou ao estádio.
A exibição, é verdade, quase que não jogamos nada como equipa, mas Liedson é bom e Barbosa esteve em noite sim, pareceu-me (espero não estar a ser optimista) que - isto é, desde que o engenheiro começou a afinar uma estragégia, seja ela qual for - começa finalmente a haver alguma estabilidade e ligeiras melhorias. Ainda falta muito trabalho, e receio ser tarde de mais nesta época. Há ainda 2 estranhíssimos casos de ascensão e queda nesta época: Rochemback e Lourenço - ambos começaram a época bem e passado tão pouco tempo estão completamente eclipsados. Lourenço está quase tão mau como Silva, e Rochemback joga como se estivesse a treinar de manhã vindo directo de uma longa noite de copos, droga e putedo.
Enfim, de um árbitro que manda continuar o jogo a meio de uma substituição, nem vale a pena gastar palavras.

Monday, October 20, 2003

Rufus Wainwright. 

Ao contrário de outros bloggers, estou inclinado a considerar Want One um dos discos do ano. Ainda falta ano, por isso para já fica na mesma gaveta que os 3 melhores do ano. E mais, acho-o melhor que Poses, bastante mais rico, mais corajoso, a ir mais longe. As orquestrações são boas, quando há coros estes entram no momento certo, há por ali imensas referências bem aplicadas, como um óptimo exame de um aluno de história da música. Já agora, dão-se alvíssaras a quem me enviar a letra de Movies of Myself.

Método Eleitoral 

Está finalmente criado o Blog que compila todas as entradas de outros Blogs acreca desta matéria, discutida há poucas semanas por diversos Blogs. Os posts serão inseridos com a sua data original, para que a ordem cronológica seja mantida. Durante a semana será actualizado, depende apenas do tempo que me sobre, e da prontidão dos outros participantes. A partir de então poderá voltar-se à discussão sobre a matéria, a aqueles a quem esta interesse. E obviamente, não é uma sala fechada, por isso são bem-vindas outras contribuições.

Friday, October 17, 2003

A música alegra. 

Poucas coisas trazem alegria a uma casa como a música. E quem diz uma casa diz um espírito. E então quando a música é novidade, ainda melhor!
Ontem foi a minha vez de me alegrar, e nada melhor que trazer comigo 3 novidades (que há tanto tempo esperava) para casa. Rufus Wainright, Belle & Sebastian e Strokes, tudo música acabada de sair. Confesso que só consegui ouvir os Strokes 1 vez e meia, e Belle & Sebastian 2 vezes e meia. Rufus Wainright ocupou todo o resto do tempo, com várias audições, mesmo até repetidas audições da mesma canção. Não quero dar azo a entusiasmos, mas está sem dúvida nos 5 (talvez 3) álbuns do ano (pelo menos dos 10 meses que já levamos). É aquele disco que merece ser ouvido alto, depois baixo, a seguir de novo alto, para que o nosso ouvido consiga recolher todos os sons, instrumentos, vozes, perceber a composição, enfim, a riqueza musical.
Dos B. & S. apenas digo que o que ouvi me surpreendeu, mas obviamente Isobel Campbell tem muita da doçura deste mundo na voz, e é difícil ignorar that she's gone. Em todo o caso, há por ali incursões em campos ainda não experimentados, eventualmente aflorados de leve no passado, cujo resultado me pareceu positivo. Há que ouvir mais e melhor, e o mesmo se aplica aos Strokes.

Thursday, October 16, 2003

Tristes vão os dias. 


Wednesday, October 15, 2003

Outono e Primavera. 

O Outono ainda mal começou e estou constipado pela 2ª vez. No intervalo andei com dores de garganta. Até que o tempo estabilize o cenário não será muito diferente, e se oscilar apenas entre estas 2 maleitas sazonais já não será mau. Mas eis o porquê do meu quase-detestar do Outono e da Primavera. Porque não são estações assumidas, porque não são carne nem peixe, porque não está frio nem calor, porque passo os dias a ter calor de camisola e a ter frio em camisa, porque chove de manhã e à tarde faz sol. Tudo bem, as folhas amarelecidas nas árvores que se despedem do Verão são bonitas, poéticas, românticas e permitem metáforas que até podem ser felizes - já aquela visão tão helvética do riacho a descongelar com vaquinhas fora dos celeiros e pequenas flores a brotar no meio da relva viçosa me deixa um pouco nervoso, confesso.
Sem querer parecer extremista prefiro de longe o forte calor do Verão ou o rigor de um Inverno gélido (e seco). Não há nada como um dia de sol de Inverno, daqueles em que as temperaturas estão alguns graus abaixo de zero, os nossos maxilares ficam lentos pelo frio, e sentimos verdadeiramente que as nossas orelhas são feitas de cartilagem (e que esta também congela). Nada como chegar a um barzinho quente onde se despe o casaco e se bebe algo, envolvido no reconfortante calor do ambiente e da música. É desse Inverno que eu tenho saudades, daqueles dias em que não neva porque a temperatura já está abaixo de -5ºC, daqueles 2 ou 3 dias que seguem os nevões em que chegamos a casa com gelo nas solas das botas e temos que bater forte os pés no chão para o tirar. Daqueles dias em que as bicicletas ficam guardadas por causa do gelo, e toda a cidade se move nos passeios. Um dia de sol de Inverno arranca sorrisos até aos mais cépticos, é verdade. E por oposição, nada como um grande dia de praia, um excelente fim de tarde (a melhor hora do dia em qualquer estação do ano), uma noite quente passada fora de casa.
Agora Outono, Primavera, dúvida constante? -Não........



Tuesday, October 14, 2003

Ditadores. 

Há aproximadamente 3 semanas atrás, um Blog dedicou-se, entre outros posts, a publicar pequenas resenhas sobre alguns ditadores facínoras que o séc. XX nos ofereceu sem pedirmos. Lembro-me que o primeiro analisado foi Ceausescu, mas sei que se seguiram outros, aliás o autor do Blog listou-os antes de iniciar a tarefa. Por culpa minha, não cheguei a linkar o referido Blog, e o papel onde o anotei sumiu-se. Peço a quem poder ajudar que me diga qual é o dito Blog. Obrigado.

Constipação. 

Com o nariz mais entupido, afogado em suores tanto quentes como frios, cheio de frio e calor ao mesmo tempo, mais uma noite mal dormida, não acordar com 3 despertadores graças à força das bombas tomadas para tratar disto, mais não posso fazer pelos pouquíssimos leitores deste Blog do que postar uma letra de Minnie Riperton. A letra não tem nada a ver com o meu estado, surge aqui apenas porque Minnie foi grandiosa, e esta música é mais um exemplo disso.

(Nos dias que correm é practicamente impossível encontrar por um preço aceitável (quando se encontra) os albuns desta senhora, tanto em vinil como em cd; as editoras insistem em não republicar - neste caso acaba por ser justo o download pirata, ou seria de todo impossível o acesso ao seu legado. Dão-se alvíssaras a quem conhecer algum exemplar num escaparate português).

Reasons (M. Riperton, R. Rudolph)

The reasons for my life are in a million faces
Like aching promises i feel them in my bones
Slipping through my fingers to dance upon the road
The reasons for my life are more than i can hold
But oh, the sweet delight to sing with all my might
To spark the inner light of wonder burning bright
You're not alone
You're not alone

The reasons for my life are buried in deep places
Words once could awaken them
These seeds that i have sown
Ringing through the madness to crash against the cold
The reasons for my life cannot be bought or sold

The reasons for my life are filling all my spaces
Like rushing waters flow, they carry me along
Twisting through my memory to pull free from the load
The reasons for my life are more than i was told

Monday, October 13, 2003

To Post or not to Post... 

Bem se pode queixar o leitor, que tem razão. Tem sido complicado postar nestes últimos dias, por motivos vários, destaque para o trabalho. Também não tem havido ajuda dos blogo-companheiros: O Tiago está em Roma, deve ter já ter assistido ao casamento do meu antigo patrão em Berlin (estas coisas é que fazem sentir que a Europa é pequena) e deve voltar em breve; o Gonçalo que eu anunciara tardará a chegar, pois conseguiu avariar o computador quando finalmente se iniciava nas lides bloguísticas.
E eu, meus Amigos, não ando com uma inspiração por aí além, ou se ando está canalizada para outros lados, ainda não percebi bem. Isto por aqui anda mais sintonizado (as palavras que se seguem não são publicadas pelas primeira vez) entre o alegremente triste e o tristemente alegre. Para além do nariz completamente entupido, que só per si é suficiente para esgotar a paciência de um homem.
Melhores dias virão, espera-se.

Thursday, October 09, 2003

Esta ainda. 

Bem sei que tenho postado pouco, mas as obrigações estão primeiro (o Blog é um gozo, nunca uma obrigação) e sobra pouco tempo para ler cada vez mais Blogs, viver, escrever, etc, etc. Pelo meio há outras cousas da vida que são empurradas por doces ventos de mudança.
Aqui nunca foi posta poesia, nem o será muitas vezes (se o fôr), mas por hoje deixo-vos o Poetinha, aquele no séc. XX tão bem conheceu o Amor que o pôs em palavras como ninguém.



Para Viver Um Grande Amor, Vinicius de Moraes



Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso, muita seriedade e pouco riso — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, mister é ser um homem de uma só mulher; pois ser de muitas, poxa! é de colher... — não tem nenhum valor.

Para viver um grande amor, primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro e ser de sua dama por inteiro — seja lá como for. Há que fazer do corpo uma morada onde clausure-se a mulher amada e postar-se de fora com uma espada — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, vos digo, é preciso atenção como o "velho amigo", que porque é só vos quer sempre consigo para iludir o grande amor. É preciso muitíssimo cuidado com quem quer que não esteja apaixonado, pois quem não está, está sempre preparado pra chatear o grande amor.

Para viver um amor, na realidade, há que compenetrar-se da verdade de que não existe amor sem fidelidade — para viver um grande amor. Pois quem trai seu amor por vanidade é um desconhecedor da liberdade, dessa imensa, indizível liberdade que traz um só amor.

Para viver um grande amor, il faut além de fiel, ser bem conhecedor de arte culinária e de judô — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor perfeito, não basta ser apenas bom sujeito; é preciso também ter muito peito — peito de remador. É preciso olhar sempre a bem-amada como a sua primeira namorada e sua viúva também, amortalhada no seu finado amor.

É muito necessário ter em vista um crédito de rosas no florista — muito mais, muito mais que na modista! — para aprazer ao grande amor. Pois do que o grande amor quer saber mesmo, é de amor, é de amor, de amor a esmo; depois, um tutuzinho com torresmo conta ponto a favor...

Conta ponto saber fazer coisinhas: ovos mexidos, camarões, sopinhas, molhos, strogonoffs — comidinhas para depois do amor. E o que há de melhor que ir pra cozinha e preparar com amor uma galinha com uma rica e gostosa farofinha, para o seu grande amor?

Para viver um grande amor é muito, muito importante viver sempre junto e até ser, se possível, um só defunto — pra não morrer de dor. É preciso um cuidado permanente não só com o corpo mas também com a mente, pois qualquer "baixo" seu, a amada sente — e esfria um pouco o amor. Há que ser bem cortês sem cortesia; doce e conciliador sem covardia; saber ganhar dinheiro com poesia — para viver um grande amor.

É preciso saber tomar uísque (com o mau bebedor nunca se arrisque!) e ser impermeável ao diz-que-diz-que — que não quer nada com o amor.

Mas tudo isso não adianta nada, se nesta selva oscura e desvairada não se souber achar a bem-amada — para viver um grande amor.

Good Bye Lenin! 

Consegui finalmente, ontem, ver o filme porque há vários meses esperava.
Simplesmente notável, não só pela parte cinematográfica, mas também pelo documento histórico que é. Um constante arrepiar de espinha, uma mischung de sentimentos, um relembrar constante de histórias que tinha ouvido, dos feijões Tempo, dos cigarros Karo, de todas aquelas coisas que são as poucas daquela época que se podem recordar com um sorriso (mesmo assim esforçado). O Spreewald dos pepinos. Os plattenbaus - a família Kerner estava bem colocada na cidade, graças à devoção partidária da Mãe, ali em plena Alex. Em suma, um relato interessantíssimo da confusão pós-queda genialmente contado de forma a eclipsar conflitos maiores e não desfocar da história do filme.
Por hoje o tempo é curto, e não posso desenvolver mais, pois esta seria a boa oportunidade para expor algo do que vivi por aquelas bandas (há uma filmagem de Alex para a Karl-Marx Allee, em que se vê a Frankfurter Tor - aqueles 2 edifs. com torreões- e algures por trás está o prédio onde morei), promessa feita ao Whisky. Tentarei em breve.

Tuesday, October 07, 2003

Hello. 

Parece que é desta que a este Blog se junta o terceiro elemento, o Gonçalo, oscilando geograficamente entre o Porto e Braga. O seu pensamento é um muitos casos semelhante ao meu e ao do Tiago, noutros todos pensamos de maneira diferente (p.e. o caso das paixões clubísticas). Em todo o caso, tenho uma certeza: a sua prosa é uma mais-valia para este Blog. Bem-vindo, Amigo.

Sacristia. 

Um Blog de uma senhora que se toma não-sei-muito-bem por quê: na paz de Deus. No fundo, não nos diz nada de novo.

A propósito do Nobel da literatura. 

Muito se discutiu na lusa blogosfera acerca das atribuições do Nobel da literatura desde a atribuição do último. Para uns o Nobel é uma recomendação para não ler determinado autor, para outros é exactamente o contrário, para outros ainda é estranho, nuns anos é atribuído a escritores, noutros a embaixadores (vulgo propagandistas) políticos da esquerda cool e artística (palavras e opinião deles, obviamente).
Bem, eu nunca tinha ouvido falar neste senhor sul-africano, e ao que li avulsamente em vários Blogs consta que é mais propaganda que letras. Mas vendo alguns dos prémios atribuídos, lembro sempre de uma pequena frase de Baudelaire a propósito de outra distinção considerada grande (a Legião de Honra):
- Não pendurava essas fitas ao peito pelos mesmos motivos porque nunca vestiria as calças de um sarnento.

Monday, October 06, 2003

É verdade. 

Não ponho as mãos no fogo por ninguém, mas sei que o que Câmara nos conta é verdade.

Tomavam? 

A minha perguntinha manhosa para os leitores masculinos deste Blog:
- leiam aqui e respondam:
Tomavam aquilo?

Thursday, October 02, 2003

Hoje... 

... não sei se postarei mais. Mas aqui fica o link para a melhor frase que li na ronda de hoje pela blogosfera.

Wednesday, October 01, 2003

Um acordar diferente... 

Já habitei em alguns sítios: num prédio da primeira metade dos anos 70, num fertigteile plattenbau (edifício pré-fabricado de estilo soviético), num outro prédio com 100 anos e renovado há 15, ainda noutro com cento e tal e acabado de renovar, maintenant vivo numas águas-furtadas que deverão ter + ou - 200 anos, em bom estado de conservação. Já dormi também em diversos hotéis, vários carros, combóios, aviões, barcos, bastantes outras casas que me excuso a enumerar.
Mas nunca tinha acordado como hoje. Deitei-me tarde (5h), pelo que me restavam apenas 3 horas para dormir - just that! Como sempre, preparei os 3 (!!) despertadores para minutos diferentes embora seguidos, distribuí-os pelo meu estreito quarto, e mini-maratona de sono. Ao acordar (com o 1º despertador) foi bom olhar para o relógio e ver que estava a acordar à hora certa, devida. Fechei de novo os olhos, pela tranquilidade sub-consciente que 2 despertadores de reforço proporcionam (e por bastante sono também). Mas ao ter que me mexer bastante mais para desligar o 2º, mexo a perna e apercebo-me que está molhada, assim como o colchão. Do tecto esconso, no sítio onde em tempos houvera uma entrada de luz, pingava uma ritmada gota, provocatória sem exagerar (exagerar seria correr como um riacho). Remédio santo, saltei da cama para ir buscar um balde. O colchão (ensopado), lençóis e colcha tinham um círculo de água de 20cm.
O bonito disto é que eu já tinha visto muita chuva dentro de casa mas só em fotografias, na televisão. E em não-sei-quantas-mil noites dormidas nos mais variados sítios nunca tinha acordado na situação de literalmente chover dentro de casa. Mi casa! Estranhamente trouxe-me alegria esta chuva interior, fez-me realizar que foi só 1 telha que se mexeu com o vento, tudo o resto é o telhado onde tenho a sorte de me poder abrigar do sol e da chuva - a escassos metros de minha casa há 1 edifício da Misericórdia onde geralmente dormem 2 homens nas soleiras das portas, ontem como sempre passei por eles ao chegar a casa. Fez-me ainda, e essa parte ainda não compreendi bem porquê, lembrar de Fabrizio del Dongo e de Julien Sorel, personagens Stendhalianas. Estranho, realmente, mas simpatizo bastante com ambos, por isso até podiam ter aparecido para o pequeno-almoço.
Enfim, devaneios de um cérebro acabado de acordar que detectou romantismo numa chuva dentro de casa.

Atrasos. 

O tempo tem sido mesmo pouco, aliado a dores de garganta e nariz entupido, que só melhoram voltando a intensa actividade, laboral, notívaga, whatever.
1 agradecimento aos Blogs que responderam ao repto de desenvolver e organizar a discussão sobre o sistema eleitoral. Entre sugestões e ofertas de ajuda (obrigado), a grande maioria queixou-se de alguma indisponibilidade momentânea (e eu incluo-me também). Bem, vamos deixar Outubro assentar, até porque não me parece que haja algum prazo urgente.
Todavia: o blog-compilação virá ASAP.

Dias cinzentos. 

Pela manhã, ao abrir a janela, senti imediatamente a depressão. "F****** cold grey sky" - primeiro pensamento do dia.
Não sendo tendencialmente depressivo, só há duas coisas que me deprimem com facilidade: mulheres e mau tempo.


Este intro foi escrito ontem, daqui para baixo é d'hoje.

Pois, como eu escrevia, realmente estas são as causas que me conseguem toldar. E escrevia isto por ter acordado a pensar numa e ao abrir as portadas me deparar com outra. Enfim, há dias assim.

Delicioso foi como subitamente tudo mudou (e nada pode mudar tão rapidamente a disposição (de péssima a óptima e vice-versa) de um homem, como uma mulher). Bastou um feedback positivo, uma resposta simpática, uma expectativa criada, até mesmo o fim da tarde tinha mostrado um pouco de céu. Bastam pequenas coisas, quantas vezes, para transformar um dia - ainda bem. E lá seguimos para a festa do Lux já noite escura...

Lux. 

Sem dúvida, internacional.
Óptima festa, apenas triste o facto de ter que me levantar às 8 para trabalhar.

Tanto... 

...para postar e tão pouco tempo.

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